quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


Assassin's Creed: Brotherhood | Crítica

Sequência direta de Assassin's Creed II melhora todos os pontos da série



Assassin's Creed: Brotherhood

PS3, X360

Épico / Ficção científica Ubisoft
5 ovos
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Assassin's Creed: Brotherhood
Assassin's Creed: Brotherhood
Assassin's Creed: Brotherhood
Não é por acaso que Assassin's Creed tornou-se a maior franquia da Ubisoft em apenas três anos. Do primeiro jogo, de 2007, ao atual, Assassin's Creed: Brotherhood, a série explodiu em ideias e possibilidades.
Observando os primeiros games e de olho no desenvolvimento das produções futuras, fica claro o plano da empresa francesa para o desenvolvimento de uma mitologia riquíssima e de potencial quase ilimitado de desdobramento em outras mídias.
Assassin's Creed foi muito bem planejado para aproveitar cada aspecto de sua história central - a luta ancestral entre duas facções, as ordens dos Templários eAssassinos - e a Ubisoft não está poupando esforços para garantir a qualidade da narrativa, que mergulha cada vez mais fundo nas conspirações e amarrações históricas, misturando-as com elementos clássicos dos videogames.
A ideia do Animus, programa que transporta o heróiDesmond Miles às memórias escondidas em seu DNA de Ezio, seu antepassado, havia me causado estranheza nos primeiros games. Mas agora, graças ao melhor desenvolvimento de seu uso, o Animus me parece funcionar muito bem como um recurso metafórico. Transportar Desmond ao passado impresso em seus genes é levar o próprio jogador ao game, justificando vícios da linguagem da mídia. Até o tutorial é parte da experiência em Assassin's Creed e cada segmento é uma lembrança a ser destravada.
Este capítulo da saga continua a história de Ezio, personagem que ocupou o centro da trama em Assassin's Creed II, assumindo o legado de Altair (do primeiro game, de 2007). A trama o coloca em Roma, depois de dramáticos acontecimentos na cidade de Monterregioni, reconstruída a tanto custo no jogo anterior. Os antagonistas novamente são os Borgias, a infame família que, através do medo e jogos de poder, é considerada um espécie de embrião filosófico da máfia italiana.
A Roma de Assassin's Creed é um triunfo de design e qualidade gráfica. Cada bairro, cada rua e viela trazem detalhes raramente encontrados em um game de mundo aberto com essa abrangência. Desde o primeiro momento é possível acessar quase todos os pontos do mapa com as habilidades básicas de Ezio. Trace uma rota e corra - pelos telhados ou solo - e o mapa acolherá sua decisão (o cavalo é quase sempre a pior opção, sempre empacando em obstáculos do terreno). As restrições de exploração ficam por conta de apenas três trechos, que terão relevância adiante. Visitas breves a outras cidades, em missões relacionadas a Leonardo daVinci, complementam a experiência, dando novidades ao jogador (como o controle de veículos) mesmo quando o jogo principal ainda está longe de parecer tedioso. Tudo com o detalhamento histórico e arquitetônico que já virou tradição da série.
É excelente como são realizados os aprimoramentos do personagem, sempre ligados organicamente à trama ou missões paralelas. As campanhas secundárias também recebem constantemente novos objetivos, se desmembrando em possibilidades a todo instante. Realizar tudo o que Assassin's Creed: Brotherhood oferece é um feito viciante para dezenas de horas.
Sozinha, a obsessão pelo recrutamento e administração das missões de novos assassinos poderia render um superaquecimento do videogame... essa novidade do jogo, aliás, é uma das mais interessantes. Contar com o apoio de um time de assassinos treinados e experientes, que atacam de qualquer ponto silenciosamente, dá uma nova dinâmica aos combates, que depois de algumas horas ficam um tanto arrastados. Combinada ao uso de facções como ladrões, cortesãs e mercenários, essa possibilidade amplia ainda mais os estratagemas possíveis em Assassin's Creed: Brotherhood.
Como único grande problema do game - que melhorou bastante toda a problemática narrativa do anterior - está a má utilização dos segmentos fora do Animus, que continuam quase dispensáveis (ainda que muito melhores que os do game anterior e agora, durante a maior parte da campanha, sem a obrigatoriedade de serem jogados). A necessidade de sair da Roma renascentista em direção ao presente, afinal, é quase inexistente: buscar troféus, trocar três frases com seus aliados e ler e-mails sobre iogurte é algo absolutamente enfadonho se comparado às aventuras dentro do Animus. Certamente a Ubisoft poderia ter desenvolvido melhor a interação entre passado e presente para dar mais o que fazer a Desmond. No entanto, este é um problema menor, se comparado à liberdade, tempo de jogo (estendido com o inédito módulo multiplayer, que mereceria artigo próprio) e à qualidade geral que Assassin's Creed: Brotherhood oferecem.


Preview 2011 | Os games mais esperados do ano!

Listamos 60 jogos, entre os mais esperados, as mais insistentes dúvidas e as possíveis surpresas

1

arkham city
Batman: Arkham City
crysis
Crysis 2
deus ex
Deus Ex
Dragon Age II
Dragon Age II
fatal frame
Fatal Frame 2
Forza Motorsport 4
Forza Motorsport 4
Gears of War 3
Gears of War 3
infamous
inFamous 2
killzone
Killzone 3
la noire
L.A. Noire
The Last Guardian
The Last Guardian
Marvel Vs. Capcom 3
Marvel Vs. Capcom 3
Mass Effect 3
Mass Effect 3
Mortal Kombat
Mortal Kombat
Portal 2
Portal 2
Rage
Rage
Silent Hill: Downpour
Silent Hill: Downpour
Star Wars: The Old Republic
Star Wars: The Old Republic
Zelda: Skyward Sword
Zelda: Skyward Sword
Twisted Metal
Twisted Metal
Uncharted 3
Uncharted 3
Shadows of the Damned
Shadows of the Damned
Child of Eden
Child of Eden
From Dust
From Dust
Journey
Journey
Stacking
Stacking
As grandes e boas expectativas para 2011 não envolvem só o cinema. Assim como fizemos com o preview de filmesprometidos para este ano, decidimos levantar também os games mais esperados da temporada.
Embora as previsões de lançamento sejam menos exatas do que as dos filmes (e os adiamentos, tão frequentes quanto), dá pra ter uma ideia do que os adeptos de PCs, PSP, Xbox 360PlayStation 3, Nintendo Wii e 3DS verão pela frente nos próximos meses.
Dividimos 60 lançamentos em três níveis de expectativa: os mais aguardados, aqueles que torcemos para que não desapontem (porque estão há muito tempo em desenvolvimento ou são franquias em começo de esgotamento ou ainda não têm detalhes suficientes para julgar) e as possíveis zebras. Eles estão em ordem alfabética:
Os games mais esperados de 2011
Batman: Arkham City (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - segundo semestre
O manicômio cresceu, virou uma cidade, e Batman terá trabalho para juntar todos os criminosos. O título traz novos acessórios, como bomba de fumaça ou detector de sinais de transmissão, mais vilões, entre eles a Mulher-Gato e o Duas Caras, e um modo multiplayer.
Bulletstorm (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - 22 de fevereiro
O escopo é simples: quanto mais criativo o jeito de matar, mais pontos. O protagonista Grayson Hunt deve atirar, explodir, chutar, fuzilar e arrancar as orelhas dos seus oponentes. O mundo do game traz espécies exóticas e estilo diferenciado.
Brink (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - segundo semestre
O game cartunesco de tiro, que mostra uma guerra entre a Segurança e a Resistência, terá recursos de customização, modo cooperativo e um modo online em que os jogadores poderão escolher o papel dos antagonistas.
Call of Duty (ainda sem título definido) - 2011
Na verdade, a série ganha dois títulos neste ano: um jogo de tiro, que segue o padrão da série e ainda não tem desenvolvedora confirmada; e um jogo de ação e aventura, que fica a cargo da Slegdgehammer Games.
Dead Space 2 (Xbox 360, PlayStation 3) - 25 de janeiro
Isaac Clarke batalha com variações da raça alienígena Necromophs que se espalham pelo espaço, enquanto deve lidar com uma doença mental que o atormenta. A continuação promete ser mais deturpada e sangrenta.
Deus Ex: Human Revolution (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - abril
O universo ciberpunk de Deus Ex volta aos games depois de oito anos do seu último lançamento. Cada escolha determina um novo final para a trama, há elementos de tiro e RPG, bem como inserções cibernéticas.
Diablo III (PC) - 2011, segundo rumores
Demônios, ambiente destrutivos, ação misturada a RPG e batalhas PVP em arenas. O novo game da franquia se passa no mundo de Santuary, 20 anos depois dos acontecimentos de Diablo II, e contará com um sistema de missões aperfeiçoado e um gerador randômico de fases.
Dissidia 012 Final Fantasy (PSP) - primeiro semestre
Game de luta que coloca personagens notórios da sérieFinal Fantasy para se digladiar em arenas. Entre os personagens confirmados estão Lightning (FFXIII), Yuna (FFX) Tifa Lockhart (FFVII), Vaan (FFXII), Laguna Loire (FFVIII) e Cain Highwind (FFIV).
Dragon Age II (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - 8 de março
O RPG tático dispensa outras raças para se focar somente em um humano como protagonista. Também foram alteradas a jogabilidade e o visual em relação ao primeiro título - tudo para melhorar o que funcionava e remover o que era criticado, segundo a desenvolvedora BioWare.
Dragon Quest VI: Realms of Revelation (Nintendo DS) - 14 de fevereiro
remake divide seu roteiro entre o mundo real e um mundo onírico, em que os personagens podem passear, e deve seguir à risca a tradição RPG da franquia: exploração, cavernas e batalhas. Porém, deve trazer novidades nos gráficos, entre outros detalhes.
Fatal Frame 2 (Wii) - 2011
Um dos games mais aterrorizantes de todos os tempos ganha um remake para o Nintendo Wii. Na trama, as irmãs gêmeas Mio e Mayu descobrem uma passagem secreta que leva a uma vila. Ali, descobrem um mundo assustador e um ritual ainda mais medonho.
Forza Motorsport 4 (Xbox 360) - terceiro trimestre
O game de corrida ganha suporte ao Kinect e ao controle mais tradicional. Não existem mais detalhes da produção, porém a Turn 10 não costuma decepcionar quando o assunto é Forza. Assim, o jogo já aparece na nossa lista de mais esperados do ano.
Gears of War 3 (Xbox 360) - segundo semestre
O final da saga, até onde se sabe, conta com quatro novos personagens, três deles femininas; novas armas, como a Lancer, a Digger Launcher e o rifle One Shot, entre outras; um modo cooperativo para quatro pessoas; e uma armadura robótica.
inFamous 2 (PlayStation 3) - 2011
Cole MacGrath deve desenvolver novos poderes antes de enfrentar seu inimigo mais perigoso. O game conta com uma nova variedade de cenários, oponentes, e até uma nova cidade, baseada na real Nova Orleans.
Killzone 3 (PlayStation 3) - 22 de fevereiro
O jogo de tiro em primeira pessoa promete alguns acertos na mecânica, novas armas e cenários, e uma trama mais polpuda, que acirra a tensão entre Helgast e as forças da ISA.
L.A. Noire (Xbox 360, PlayStation 3) - primeiro semestre
Game investigativo da Rockstar (a mesma de GTA eRed Dead Redemption), em que impera o estilo noir e a criminalidade das ruas de Los Angeles em 1947. O título faz uso da tecnologia Motion Scan, que captura o movimento e as expressões faciais dos atores.
Lost in Shadow (Wii) - 4 de janeiro
O jogador assume o papel de um garoto, mas vê na tela somente sua sombra. A mecânica de quebra-cabeças faz uso do jogo de luzes, já que é possível modificar objetos e iluminação, para que a sombra dos cenários sirva como auxílio.
Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds (Xbox 360, PlayStation 3) - 15 de fevereiro
O conhecido crossover marca o retorno dos hyper combos e conta com diversos modos de pelejas online. O jogador terá mais de 30 lutadores para escolher, dos mais ágeis aos mais apelões.
Mass Effect 3 (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - 2011
Serão mais de mil variações na história do terceiro game da franquia, que trata de uma Terra pós-apocalíptica. O Comandante Sheppard deve unir as raças do mundo e acabar com uma linhagem de máquinas.
O nostálgico game do PlayStation ganha uma versão para o portátil 3D da Nintendo, que deve abusar das novas funcionalidades - como girar a câmera em torno da ação. Imagens já mostraram o confronto entre Snake e The Boss.
Mortal Kombat (Xbox 360, PlayStation 3) - abril
A franquia volta, em seu nono título, com aquilo que de melhor pode oferecer: jogabilidade em 2D, fatalities brutais e muito sangue. Há um modo de times cooperativo e Kratos (de God of War) é um lutador exclusivo do PlayStation 3.
Patapon 3 (PSP) - 2011
Na continuação do jogo rítmico, seu avatar não será mais o Deus das criaturinhas, mas um dos seus herói. Entre as novidades estão um modo multiplayer e um retorno à simplicidade do primeiro título.
Pokémon: Black and White (Nintendo DS) - 6 de março
Regiões inéditas, estações do ano que mudam, batalhas em trio e 150 pokémons para capturar. A versão Black ganha o pokémon exclusivo Reshiram, e a versão White vem com Zekrom.
Portal 2 (PC, Xbox 360, PlayStation 3) - 18 de abril
O puzzle em forma de jogo de tiro em primeira pessoa usa a sua jogabilidade única - o jogador pode abrir portais para atravesssar andares ou corredores fechados - para expandir horizontes, quando a heroína Cell é novamente desafiada pela Inteligência Artificial GLaDOS. Para comemorar o lançamento, a GLaDOS promete bolo pra todo mundo.
O detetive e Luke visitam a cidade dos milagres, Montdol, em busca de um artefato capaz de garantir os desejos de seu usuário. Assim que a dupla chega ao vilarejo, descobre que um homem misterioso usa a máscara para transformar seus conterrâneos em pedra.
Rage (Mac, PC, Xbox 360, PlayStation 3) - 15 de setembro
Em um cenário pós-apocalíptico, em que lideranças políticas corruptas dominam o mundo, Rage mistura corrida off-road a bordo de buggies customizáveis e tiro em primeira pessoa.
Resistance 3 (PlayStation 3) - 6 de setembro
Em um passado alternativo, na década de 1950, a resistência humana deve duelar com alienígenas parasitas da raça Chimera. O game traz novas armas, um modo cooperativo para dois jogadores durante a campanha e multiplayer.
Dos criadores da melhor série de games de Star WarsKnights of the Old Republic, o MMO se passa cerca de 3.600 anos antes dos acontecimentos dos filmes. As classes jogáveis vão de Cavaleiro Jedi e Guerreiro Sith a Troopers e Caçadores de Recompensas.
The 3rd Birthday (PSP) - 2011
Continuação do survival horror Parasite Eve, originalmente lançado para o primeiro PlayStation em 1999. O nome referencia a terceira aparição da protagonista, Aya Brea. Aqui, ela é a única que pode operar uma arma contra os parasitas.
The Last Guardian (PlayStation 3) - segundo semestre
Dos mesmos criadores de ICO e Shadow of the Colossus, jogos que trouxeram o cult de volta ao mercado mainstream dos games, chega The Last Guardian, que, narra a relação afetiva entre um garoto e uma criatura chamada Trico.
Originalmente em 1998 para o Nintendo 64, o primeiro da série criado totalmente em 3D, e é considerado o melhor título da franquia por fãs e crítica. No RPG de ação, Link deve salvar a terra de Hyrule do vilão Ganondorf, obtendo uma relíquia sagrada conhecida como Triforce.
A franquia amada pelos fãs promete voltar com sensores de movimento mais afinados (principalmente pelo uso do Motion Plus). A trama se passa antes dos acontecimentos do clássico Ocarina of Time.
Twisted Metal (PlayStation 3) - 2011
O game trará corrida de veículos e combate entre duas facções, Dolls e Clows. Pela primeira vez, os jogadores poderão desfrutar veículos aéreos, sem contar o multiplayer formatado para 16 pessoas.